Evolução, desde 1976.
Neste ano, comemoro 49 ano de participação no segmento do foodservice.
Por uma necessidade de aumentar a renda familiar, recém-casado, o primeiro filho já estava a caminho!!! Surge então a oportunidade de fazer “bico” de desenhista em um escritório de consultoria e projeto de serviços de hospitalidade: Hotéis, Restaurantes, Cozinha Industriais, e mais e mais.
Saia correndo pelas ruas da Volkswagen (e era longo), ia até o estacionamento, entrava no carro e corria para o centro de São Bernardo do Campo, ali perto do Km18, do lado oposto ao Holliday In, ficava ali até 22 h (às vezes mais).
Inicialmente desenhando (redesenhando) o apartamento de um hotel em Maceió (Jatiúca se não me engano) e a mim coube desenhar o Banheiro. Delimitar os espaços necessários para que o hóspede pudesse ter “conforto” e não “gastar” cm2 a mais do que efetivamente necessários. Bacia, Chuveiro, Lavatório, toalheiro para toalhas de rosto, banho, toalha higiênica, sabonete, shampoo, creme, envelope de amenities, papel higiênica, toalhas de reserva, iluminação do ambiente, do espelho, tomadas para uso do hóspede, enfim, posso ter esquecido de alguma coisa, ahh, rebaixos do banheiro em relação ao quarto e do box em relação ao banheiro e vejam, estava esquecendo do box. Este foi o começo!!!
Logo em seguida o escritório (Asmussem & Rekhi e Associados) fecha um grande contrato, o projeto de todas as áreas de Alimentos e Bebidas do CENTRO EMPRESARIAL DE SÃO PAULO. Este projeto contou com a Cini Grisson (escritório americano) com todas as modalidades necessárias para a implantação do então projeto LUBECA. Atender aos 15.000 usuários dos escritórios e os visitantes, algo no entono de 20.000 serviços por dia.
Continuo por um tempo prestando serviço nos horários da noite e fins de semana, aumentando minha renda mensal. Foi um tempo muito curto, logo veio o convite para efetivação, salário compensador, ambiente ótimo, pessoas alegres e focadas no trabalho e no resultado. Cada um tinha tua atividade e responsabilidade.
Nesta fase, durante o desenvolvimento do projeto, minha função, além de “desenhar” também era a de fazer interlocução das necessidades apresentadas pelos consultores americanos e os fabricantes nacionais. Nesta época não se podia importar “nada”. O objetivo do governo foi de desenvolver a indústria nacional, e para mim uma ótima oportunidade para conhecer este mundo do foodservice em profundidade.
Um dos cinco foram os principais divisores; Sistema Ventilação e Exaustão de cozinhas industriais, com a incorporação dos filtros de ação centrífuga (chicane); Túnel de Congelamento, onde se fazia a preparação antecipada de praticamente todos os alimentos e estes seriam levados da central de produção (Cozinha Central) para serem finalizados nos restaurantes; Restaurante de Auto Serviço (self service) com múltiplas escolhas de pratos; a Frigideira Basculante, este em especial, fui o responsável pelo desenvolvimento do fabricante (Etera) e toda coordenação do detalhamento do projeto, protótipo e primeiros equipamentos no Brasil, aqui começa o processo para eliminação dos fogões, panelas de uma cozinha industrial e o não menos importante desenvolvimento para fabricação dos “Recipientes Universais” que com o passar dos tempos foi denominado Cubas Gastronorms.
Neste período, pude participar deste e de mais alguns desenvolvimentos.
Passado o período do projeto, fui trabalhar na própria LUBECA, agora então como Coordenador de Implantação. Dai outras atividades, diferentes de projeto, correr atrás de fabricantes, construtora, instaladora, enfim…. um emaranhado de contatos, onde cada um defendia “o seu interesse” e quase sempre “empurrando” aos demais, e até mesmo desconversando sobre a própria responsabilidade.
Fase de grande aprendizado, pessoas importantes com as quais me ensinaram coisas que pouco tinha a ver com “projetar cozinha” muito mais que isto, tinham sim a criação do “calo” profissional. Ainda muito jovem, com 25 anos.
A passagem seguinte foi acompanhar a implantação dos equipamentos, processos de produção e todas as fichas de manutenção preventiva dos equipamentos e das instalações prediais, um tanto quanto complexas.
de 1978 em diante, fica para o próximo Post.
Amauri Pelloso (71)